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30 de jun. de 2009

O NOVO MUNDO

Sei que virá como um anjo
e pousará, tranquilo,
no doce sono do berço,
no leve balanço do dia,
no claro escuro da noite
e trará
o mais belo dos sonhos.

Sei que será feito arcanjo,
um tanto de Gabriel,
um pouco de Lucas, José,
de Felipe e João,
feito um querubim
no doce balanço dos dias.

Sei que trará
a novidade da vida,
como se fosse esta vida
não provação ou tristeza,
tampouco lágrima ou sombra,
mas companhia, alegria,
e fosse riso, claridade.

Sei que não ouso demais
ao perceber este dia
posto que a vida
assim deve ser.
Mas, se tal não acontece,
há que se perguntar:
Por quê?

Porque não tornar este mundo
belo como o nascimento
como se fosse este parto
o parto de uma nova vida?
Como se fossem os filhos de todo mundo,
e o anjo que ora nasce
tivesse por pai todo homem
e toda mulher desta terra.
Que todo criança nascida
fosse acolhida no seio
de qualquer nação deste mundo.
E se mais mundos houvesse,
fosse cidadão também desses.
Com todo direito e dever
que neles porventura existissem.

Será este mundo então
repleto de mundos e povos
que viverão entre irmãos.
E será a humanidade
feito um grande parentesco
de filhos e pais,
e tias e primos
sem graus nem distinção.
E se fará deste mundo
um somatório de mundos
no doce sonho dos dias,
no leve balanço dos anjos,
no solo mais belo dos sonhos.
(Jorge Fernandes)


Poesia escolhida por Cássia, Vinícius e Clauciane
Etapa VI A

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